sábado, maio 28, 2016

O Triunfo da Morte


Bruegel, o Velho, O Triunfo da Morte, c. 1562, Museu do Prado

Duas obras, em particular, viriam a possuí-lo [a Elias Canetti], embora com efeitos contrários. O Triunfo da Morte, de Bruegel, parecia confirmar a mensagem de Gilgamesh. A energia da resistência à morte que pulsa nas numerosas figuras da composição invadiu a consciência de Canetti. Embora a morte triunfe, a luta representada dos que a combatem mantém uma dignidade eminente, e é ela que liga todos os homens uns aos outros.
George Steiner
 ____________________

Fonte: George Steiner, in Robert Boyers (org.) George Steiner em The New Yorker, Gradiva, 2010, pág. 338.   

quinta-feira, maio 19, 2016

Odiosa vingança

Levadas ao excesso, as vinganças dos homens tornam-se odiosas aos deuses.

Heródoto
________________________________

Fonte: Heródoto, Histórias – Livro 4º, Edições 70. 2000. Pág. 154.

domingo, maio 15, 2016

Vitória

Vitória da Samotrácia
A Vitória é sempre alada.

Venceu o Benfica.

sexta-feira, maio 13, 2016

Liberdade para escolher

Escolham, escolham livremente. Mas não façam os outros pagar pelas vossas escolhas.

Como contribuinte não estou disposto a engordar os bolsos dos patrões dos colégios privados. Que as minhas parcas contribuições se dirijam à escola pública, onde há gente que precisa de ser apoiada, e que, sem a escola pública, nunca iria à escola.

Se optarem pelo ensino privado (e aqui ninguém vos priva dessa liberdade, ó liberais de pacotilha), então que paguem do vosso bolso. Deixem o bolso dos contribuintes e os escassos recursos financeiros do Estado em paz.

E de uma vez por todas, deixem-se de tretas e de birras, que aqui ninguém vos priva da liberdade para escolher.

quinta-feira, maio 12, 2016

Shit happens!

O livro de Nassim Taleb, O Cisne Negro, volvidas 196 páginas, está a tornar-se maçador. Trata-se de uma repetição ad nauseam do mesmo argumento, com exemplos e mais exemplos. E o que argumenta ele?

Que os cisnes negros existem. Que não se pode prever o imprevisível. Que os improváveis acontecem quando menos se espera. Que há “cisnes negros” por todo o lado. Que algo de improvável pode até estar já em andamento, contudo ainda não adquiriu uma dimensão que lhe dê visibilidade e impacto. Que o que desconhecemos ultrapassa infinitamente o que conhecemos (o velho argumento de Popper, de que nos assemelhamos mais uns aos outros pela infinidade de coisas que desconhecemos do que nos diferenciamos uns dos outros pelo pouco que cada um conhece). Que muitas explicações e certezas relativas à causa dos fenómenos só surgem a ex post facto, e por vezes erroneamente. Que estamos longe, muito longe, de conhecer todas as causas dos fenómenos. Que há causas que nos escapam e sempre escaparão.

Enfim, é a velha história.

Shit happens!

Etiquetas